quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Amor Infinito (Letícia Lino)

Penso o tempo todo em ti
E parece que você já faz parte de mim
Sei que você não é perfeito
Mas em você não encontro defeitos

O tempo longe de ti me maltrata
Melhor mesmo é quando você está aqui
Seu cheiro me atrai como fêmea no cio
E basta somente um sorriso seu
Para o meu sorriso também existir

Com você eu me sinto segura
Completa, feliz e realizada
Ao seu lado meus medos se foram de vez
Já não quero seguir sem você essa estrada

Meu orgulho é você!
Por isso o meu amor eu lhe dedico
Obrigada por ser meu amigo fiel
Meu esposo e amor infinito!

Migalhas (Letícia Lino)

Migalhas
É o que você quer me dar
Uma migalha de tempo
Uma migalha de amor
Uma migalha de olhar

Uma migalha de carinhos
Uma migalha de atenção
Uma migalha de afagos
Uma migalha de emoção

Mas eu cansei!
Cansei de comer os restos da sua mesa
Cansei de me alimentar com aquilo que me sobra
Tenho fome!
Fome de amor e de amar
Fome de acolher e de me dar
Fome de carinho e afagar
Fome de sentir e me entregar!

Desculpe-me se sou sincera demais
É que eu me cansei de comer só migalhas
Agora, um banquete me espera!


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Coragem! (Vulgo Mini)

Eu grito aos quatro cantos
Coragem!
E para aqueles que se entregaram
Coragem!

Não é fácil levantar do próprio escombro
Quando se desmorona!
Mas eu digo, coragem!

Mesmo no chão
É possível ver o horizonte à sua frente
E querer descortiná-lo
Basta coragem!

Montanhas podem se tornar uma pedra
Rochedos um cisco
Mas é preciso coragem!

Coragem!
Foi a única coisa que ainda não nos roubaram
E aqui deixo a todos o meu pedido:
CORAGEM!!!


sábado, 27 de outubro de 2012


Tudo é poesia (Vulgo Mini)

Escrever o que sinto e sentir o que escrevo
É traduzir em palavras tudo o que vejo
E tudo o que vejo são poesias não escritas
Escondidas nas entre linhas do cotidiano

Milhares de olhares que se cruzam na multidão
E que permanecem no anonimato
Todos os dias,
Pra mim é poesia

O canto dos pássaros
Que se misturam com as buzinas dos carros
Árvores que disputam o espaço com os prédios
A cidade se tornando mais cinza...
Também é poesia

O belo e o feio
O sagrado e o profano
O Divino e mortal
O culpado e o inocente
É poesia!

As frases que se formam feito arquiteturas
Que se edificam na areia
Mesmo sem obra que a faça,
Torna-se poesia

E o prazeroso se faz infinito
Não pela semântica do discurso
Que também é poesia
Mas pela tradução feita pela alma

Amo escrever o que sinto
E mais ainda
Sentir o que eu escrevo
Isso é poesia!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Mãos Trêmulas (Vulgo Mini)

Quando minhas mãos trêmulas
Não tiverem mais o mesmo vigor
Me olharei no espelho
E verei que pra mim o tempo passou
Terei a alma calejada de histórias
A mente repleta de boas memórias
E as rugas na face, será tudo aquilo
Que a vida em mim eternizou

Quando minhas mãos trêmulas
Vacilarem sem forças
E não tiverem mais forças
Para segurar o meu copo de vinho
Outra vez me lembrarei que o tempo passou
E que na minha existência
Escolhi o melhor caminho

E quando por fim
Minhas mãos trêmulas
Não redigirem mais com clareza
O que o meu coração
Ao longo dos anos quis gritar
Mesmo assim não hei de silenciar!

E quem ainda admirar esse poeta
Chegue mais perto...
E ainda assim
Ouça minha voz cansada e rouca
Mas totalmente lúcida
Que o tempo não pôde calar.

domingo, 21 de outubro de 2012

Dá um tempo novinha (Vulgo Mini)

Se olha, se enxerga
Dá um tempo novinha!
Seu jeitinho me inoja
Se coloca no seu lugar
Vi você esses dias
Tão vulgar!
Pior que prostitutas
Pelo menos elas cobram pra transar!
Você?!
Você dá de graça,
Concorrência forte
Nem precisa pagar!
Exposta como carne no açougue
Mas seu preço
É um lança, um beck
Uma carreira, sei lá!
Envolvida na batida do funk
Perdida nas ondas do som
Você sobe e desce, desce e sobe
Mas assim ninguém vai te amar!
Será sempre menina objeto
E nunca menina mulher
Porque seu valor você joga no lixo
E sem valor, já sabe como é!
E quando for pra casar
Seu nome não vai ta na lista
Porque você, só esteve nas pistas
Pente rala, “tchu tchu tchucu tchu tchá”
Se coloca no seu lugar
E seja mulher de verdade
Mostre a sua maturidade
E honre seu DNA!
E antes que o mundo acabe!
Dá um tempo novinha!
Ainda há tempo de você mudar!


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Lado Londres (Vulgo Mini)

Não importa a quebrada que você mora!
O que importa...
É o orgulho que você tem da sua quebrada!
Porque em todas, você vai ter que saber entrar e sair.
Não é o lugar que faz você,
E sim você que faz o lugar!
Mas acredite,
Em todo lugar, têm pessoas boas e más.
Pessoas bem intencionadas,
Ou más intencionadas demais!
E por aqui não é diferente.
Aqui também existem os contrários
Os avessos, os contrastes,
Os universos que se misturam e os sonhos de cada um!
Aqui tem gente que sonha e realiza
Que luta, vence e concretiza.
E os que atrasam um lado...
Nem vou comentar!
A explosão demográfica,
Também chegou com o progresso
E a quebrada tornou-se maior
Com mais becos, vielas, favelas
Barracos, ruas de terras.
E muita coisa pra melhorar!
Aumentaram as amizades
E as tretas também
Periferia é assim!
Não é a sua roupa que te define
Porque se assim o fosse
Não teríamos tantos ladrões no Congresso Nacional!
Mas o que te define realmente,
É o seu caráter e postura!
Qualidades escassas há um bom tempo em Brasília!
Mas o que falta lá
Por aqui temos de sobra,
Que até transborda!
Aqui não tem holofotes,
Mas quando aparece é para filmar mais um corpo no chão!
Mas aqui é Lado Leste,
Lodo Londres se preferir.
Sem glamour, pontos turísticos,
Sem atrações ou paisagens belas
Mas é a nossa quebrada
Um salve a todas elas!