sábado, 23 de abril de 2011

Sonhos de menina (Letícia Lino)

Em mim trago todos os sonhos
E sei que só os trago
Porque são possíveis de se realizarem
São sonhos só meus.

Talvez semelhantes aos seus
Pois sonhos são universais
Assim como os sentimentos
Que trazemos com a gente

Houve um tempo
Em que eu sonhava com a boneca mais linda
Encantada com os contos de fadas
E um lindo príncipe em seu cavalo branco
Mas esses sonhos se foram com a minha inocência
Ficaram com uma parte da minha infância

Em cada fase da nossa vida alimentamos os sonhos
Pois são eles que nos impulsionam a ir além
Que nos motivam às nossas conquistas pessoais

Hoje sonho com meus pés no chão
Mesmo às vezes me atrevendo e ensaiando um grande vôo
Porque alguns sonhos ainda se encontram além do horizonte
Onde minhas mãos delicadas não alcançam

Mas eu os enxergo de longe
E sei que não vai demorar em torná-los palpáveis
Porque sonhar não paga nada
E assim eu continuo alimentando alguns

Muitos dos meus sonhos já não são os mesmos
Por certo, mudaram muito com o passar dos anos
Mas às vezes me pego sonhando coisas bobas
Coisas tão simples
Que somente são possíveis em sonhos de menina.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ciclos (Vulgo Mini)

Qual o caminho a seguir, qual a decisão a ser tomada,
E o que fazer quando o que mais nos faziam bem
Chega ao fim?
Como e de que maneira preencher a lacuna que se formou?
De que modo encarar os novos fatos que se iniciam?
Como se acostumar sem aquilo que tínhamos por perto?
E o que fazer para superar e recomeçar com o que nos sobrou?
De onde tirar forças para continuar a trilhar o caminho
Sem que esse nos leve para o abismo
Ou nos perca pelas esquinas da vida?
Como juntar os pedaços dos sonhos que se partiram
De laços que se romperam
De desejos que já não são mais desejos
E sim decepções?
De vontades que se transformaram em frustrações?
Como se levantar dos escombros sobre nós
E carregar a cruz nos ombros feridos?
Como enxergar no amanhã o novo que possa vir?
E descortinar assim o horizonte novo à nossa frente
Encontrando ali um novo sentido para a vida?
Como resgatar a subjetividade roubada?
Tirada de nós sem pudor
Como se isso não nos causasse danos irreparáveis?
Quantas perguntas e muitas delas ainda sem respostas
Talvez porque nos preparamos para tantas coisas na vida,
E esquecemos de preparar a nossa vida para tantas coisas!
E algumas delas só obteremos respostas quando as vivenciarmos
Porque só as vivendo
Aprenderemos e perceberemos,
Que tudo na vida faz parte de um ciclo!
Com o seu começo, meio e fim.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Não existe amar de qualquer jeito (Letícia Lino)

Amar sempre será uma entrega
É quando depositamos no outro
Aquilo que há de melhor em nós
E quando o outro também se entrega da mesma forma

Amar necessita reciprocidade
Dar-se sem querer algo em troca
Sem esperar sequer o menor gesto de afeto que seja!

Amar com respeito e lealdade
Pois jamais queremos que o outro
Esteja em segundo plano
E dessa forma sentimos a necessidade de amá-lo
O fazendo a nossa prioridade
E não propriedade!

Amar é caminhar de mãos dadas
Partilhar pequenos instantes
E fazer deles grandes momentos

Mas amar também nos exige renuncia
Dedicação, comprometimento,
E acima de tudo respeito mútuo

Não sou eu quem ensinarei a melhor forma de amar
Porque amamos de forma única
E a cada um que amamos
É de forma diferente
E somos esse universo a ser descoberto

Mas dentre todas as coisas
Tenho a plena certeza em uma delas:
Não existe amar de qualquer jeito!
São (Letícia Lino)

São os medos e a insegurança
Que hoje me impedem de eu me entregar
De me entregar sem medo
De me dar por completa
De me jogar cá do alto
E cair em seus braços para te amar

São os meus passos inseguros
Que não me levam até você
São as incertezas e as dúvidas
Que me impedem das minhas escolhas
Escolhas essas que eu gostaria de fazer
Para estar com você

São as decepções e os desenganos
De um passado que não passou
Que me fecharam por dentro
Que me bloquearam
E me roubaram a confiança que um dia eu tive

São sentimentos fragmentados em mim
Desacreditados por mim mesma
Que as vezes me tornam distante de tudo e fria
Fria como um pedaço de gelo
Esperando o sol para me aquecer

São lembranças que não são boas
E que de alguma forma
Sinto medo que se repitam em minha vida
Vida esta que não sabe qual o caminho a seguir

São os medos e a insegurança
Que hoje me impedem de eu me entregar
Mas juro, por tudo que é mais sagrado
Que dessa vez eu irei tentar!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Dessa maneira (Letícia Lino)

Acho que já não sou mais capaz de viver
Sem os seus exageros
Sem os seus contrários
Sem o seu temperamento que sempre oscila
Sem esse bom humor que eu adoro
E com esse mau humor diferente!

Preciso das suas perfeições e imperfeições
Das suas manias
Dos seus erros e acertos
Do seu olhar que me acolhe
Do seu abraço que me envolve
Do calor do seu peito

Preciso do seu jeito carinhoso
As vezes grosso
Do seu silêncio e me incomodar
Do seu tempo de me procurar

Ao seu lado eu sou mais eu
Sou mais mulher e me redescubro a todo tempo
Experimento os meus limites
E também com eles eu aprendo

Aprendo a te aceitar como és
Sem tirar ou acrescentar
Sem exigir
Ou pedir pra mudar

Em segundos...
Vou ao inferno se brigas comigo
E me vejo no céu se me ofereces abrigo

Você é guerra
E ao mesmo tempo é paz
E com esse seu jeito estranho
Me satisfaz

Em tudo eu te adoro eu sei
E com o seu jeito eu me acostumei
Eu te amo assim dessa maneira
Por que você me completa por inteira!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Páginas (Vulgo Mini)

Quanto tempo para escrever a nossa própria história?
Levamos uma vida toda
E nem sempre a escrevemos como queríamos!
Coisas das quais gostamos, acontecem esporadicamente.
E ciclos e mais ciclos
Iniciam-se e encerram-se na velocidade do pensamento.
A vida passa, o tempo passa, e a gente também passa...
Nas mãos, folhas em branco,
Que virarão páginas escritas
Que virarão páginas viradas
Páginas que marcarão as que estão em baixo
E quando isso acontecer...
O bom mesmo é arrancá-las
Porque somente virá-las
Não ajudará em mais nada.
Escreveremos e escreverão em nós!
E o que escreverão na nossa página?
E o que escreveremos na página do outro?
Para que você, eu e ele não sejamos páginas viradas,
Marcadas e arrancadas?
Sabemos bem, que ninguém quer ser esse tipo de página na vida do outro.
Mas o que desejamos mesmo
É não ser página mal escrita
Página sem conteúdo
Ou com conteúdo muito ruim.
E se assim pensarmos e querermos
Poderemos ser e escrever páginas que valem a pena ser lidas
Páginas que não tragam dores, decepções,
E tantas coisas ruins causadas por nós mesmos!
Eu não quero ser página virada na vida de ninguém
Tampouco arrancada!
Quero ser página bem escrita
Página que mereça ser lida
E pela força do tempo, ficar amarelada.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Não é o meu passado que vai mostrar quem eu sou de fato,
E sim o tempo presente que vivo e as escolhas que eu faço na vida! (Vulgo Mini)