domingo, 31 de outubro de 2010

Eu já fui (Vulgo Mini)

Eu já fui...
Solidão à espera de companhia
Lágrimas
À espera de sorrisos
Tristeza
À espera de alegria
Dor
À espera de alívio
Letra
À espera de melodia.
Eu já fui...
Braços à espera de abraços
Coração
À espera de um pulsar
Carência
À espera de um afago
Vida
À espera de ar
Trevas
À espera de luz
Fim
À espera de um recomeçar.
Perto ou longe (Vulgo Mini)

Não sei se para mim é bom estar longe de ti
E sofrer.
Ou estar perto de ti
E sofrer da mesma forma.
Pois o tempo não volta mais para reatar o que passou
Para algumas coisas não há recomeço
E o seu olhar já não brilha mais por mim
Como um dia brilhou
Sua boca não deseja a minha como um dia foi
E nossos corpos mesmo que pertos
Jamais dividirão o mesmo teto
Mas o que devo fazer se ainda amo você?
Sofro mesmo não querendo
Dor aguda que vem sabe lá de onde!
Só sei que dói.
Só sei que me sufoca e esmaga o meu coração
Não sei se para mim é bom estar longe
Ou perto de ti
Pois você é o amor que eu não vivi.
Poetisa (Vulgo Mini)

A poetisa passou por aqui
E com suas palavras
Devolveu os sonhos
Fez com que a flores desbrochassem com todo encanto
Perfumando mais a vida, os corações e a alma
Trazia nos lábios o sorriso mais doce
Nos olhos o brilho nunca antes visto
E em cada olhar lançado, despertava o inesperado.
Também trazia nas mãos a vida
E dizia a todos, que essa devia pulsar bem mais forte que o próprio coração!
Pois só dando valor à vida,
Alcançaríamos o inalcansável!
A poetisa esteve aqui!
E permanece nas entrelinhas de tudo que eu li!

Dedico a Dinely Borges. Que tem passeado em nossas vidas de uma for ímpar com suas poesias!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Poetas e Poetisas (Vulgo Mini)

Eu vejo poetas que surgem
Vindo de todos os lados, lugares,
Cidades e Estados.
Poetas e Poetisas que renovam os sentimentos
Que trazem no peito a chama que não se consome
Poetas e Poetisas que fizeram um pacto com o amor
Pacto de sangue, de pele, de alma, coração e essência!
São pessoas simples, comuns,
Que amam de um jeito simples,
Mas que trazem nos olhos o brilho e a certeza do amanhã
São Rodrigos, Dinelys, Alexs, Vitors, Vinícius,
Danieles, Roses, Karines, Alines, Fernandos
E tantos outros,
Que em meio ao caos e as sombras
Encontram motivos de sobra para cultivar o AMOR.
E enquanto suas canetas, penas e lápis
Rubricarem nas folhas em branco da existência
A poesia jamais morrerá!
E assim continuará dando gosto à vida
Devolvendo sabor e mais cores ao mundo.
Mostrando que amar e se dar ainda vale a pena
Mesmo quando são unânimes as formas de pensar
Eu vejo Poetas e Poetisas...
Que sonham e acreditam que tudo isso vale a pena.

domingo, 17 de outubro de 2010

O preço por ser poeta (Vulgo Mini & Dinely Borges)

O preço que pago por ser poeta?
É às vezes viver a minha solidão, perdido em meus próprios pensamentos, tentando me encontrar.
Andando de um lado pro outro dentro de mim, sem saber qual o melhor caminho.
E muitas vezes sem saber se esse caminho me levará aonde realmente eu quero chegar.
Mas sei que pago um preço maior por ser o que sou, porque no fundo, todo poeta, tem uma ferida que nunca se fecha. Um coração que na maioria das vezes não bate, apenas dói!
Dói de saudade
Dói com a injustiça que fazem com o amor
Dói com um amor não terminado dentro de si
Dói com a demora da solidão.
Mas esse é o preço que pagamos.
Dizem que o poeta apenas escreve e não vive
Mas é o contrário
Nós escrevemos aquilo que vivemos e sentimos.
Escrevemos o que vem da alma.
Ser poeta é ser sentido.
Que seja caro o preço, até mesmo dolorido.
O motivo é nobre e em mim não morre
A vontade de grafar o que sinto.
Outrora um papel branco, com palavras foi desenhado.
De verso em verso desfaço os meus mistérios
Que antes em meu peito era calado.
Sentimentos que não apenas em mim vive
Foi entre os desertos buscar os olhos
Que deles se admire.
Fez-se canção no novo abrigo.
Se for caro o preço por ser poeta
Pagarei sem disfarçar
Alegria que me acomete por poetar.
Poeta, poeta. Vive de compartilhar.

Essa Obra, tive a honra de fazer com uma Poetisa de MG, que admiro muito o que ela escreve, dona de uma sensibilidade ímpar. Dinely Borges.

sábado, 16 de outubro de 2010

Vulnerável (Vulgo Mini)

Sinto-me vulnerável ao chegar perto de você
Ao ouvir sua voz que me invade com delicadeza
E ao mesmo tempo com violência.

Sinto-me vulnerável ao seu cheiro
Quando o vento o traz para perto de mim
E as lembranças são como fantasmas
A me assombrar

Sinto-me vulnerável quando te vejo passar
Perco o chão, a razão e o ar
E o meu sistema de defesa
Já não reage contra ti

Seus movimentos delicados
São como furacões que me fazem balançar
Seus olhares são como mísseis no alvo certeiro
E eu me torno vulnerável sem querer.
Queixa feminina (Vulgo Mini)

Quando namorávamos
Era “amor” pra cá, “benzinho” pra lá
Nossa como você está bonita!
Ligava-me para saber como foi meu dia
Se eu estava bem.
Dizia que estava com saudade
Olhava para mim com aqueles olhos pidão
E sempre tirava o meu fôlego ao me beijar...
Por mais de uma vez no dia perguntava
Se podíamos fazer algo diferente para não cair na rotina.
Reparava em mim quando eu me arrumava
Quando eu trocava de perfume
Ou ainda usava roupas mais ousadas.
Acredite!
Reparava até se eu estava maquiada de mais
Unhas feitas, cabelo arrumado.
Mas com o tempo, percebemos, que todos esses encantos
Vão se perdendo pelo caminho
Basta alguns anos casados para tudo mudar
Não sei ao certo, se o casamento já se tornou algo falido para muitos!
Mas eu estou cansada!
Cansada de viver de aparências
De ouvir das pessoas que ele é maravilhoso
Que é um homem bom!
Mas só eu sei o quanto está difícil!
Se ele é tão bom assim, conviva alguns anos com ele e descobrirá!
E se for realmente isso,
Fique com ele para você!
Não viverei mais de aparências!!!
“Quem não dá assistência, abre concorrência”.
Não é um elogio aqui e outro ali
Que me faz pensar dessa forma
Mas é que com o tempo, a gente descobre outras coisas
Conhece outras pessoas
E até mesmo um mundo que não imaginávamos que existisse
Tudo um dia na vida acaba
Sei bem do que estou falando e vivido.
Por isso de hoje em diante, só quero mesmo é ser feliz
E aproveitar o melhor da vida, que até a pouco tempo eu não conhecia.
Essas são minhas queixas, meus desabafos,
Minhas desilusões e decepções...
Mas acreditando sempre no Amor.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010


Celina (Vulgo Mini)

O lugar era simples
Com pessoas simples
Que dividiam o mesmo espaço e se apertavam
Mas a Casa era como um coração de mãe
Sempre chegava mais um e mais um.
Rostos diferentes iam se tornando familiares
Um aperto de mão, um sorriso verdadeiro, um abraço apertado.
O clima era propício para novas amizades
Rever amigos e matar a saudade.
No palco meio que improvisado e apertado
Compositores apresentavam suas canções, acompanhados por sambistas.
Samba bom, gente animada, roda formada
A palma da mão ditava às vezes o ritmo
E o samba no pé não podia faltar.
Mas foi aí que subiu no palco um senhor
Pele preta, rosto cansado pela vida
Trazendo as marcas que o tempo deixou.
Trajava uma veste humilde, um chapéu de tricô na cabeça feito à mão
E em suas mãos envelhecidas
Um violão que o acompanhara por muitos anos como um grande amigo.
Achegou-se, cumprimentou a platéia
Pegou seu violão com todo carinho
O colocou em seu colo e bateu nas cordas com leveza e cuidado
Talvez para não machucar o velho amigo.
A platéia foi cantando com ele, sambas popularmente já conhecidos.
Mas eu não sabia, que aquele humilde senhor
Era o compositor de um dos sambas mais lindos
Que eu ouvira na minha infância e por muitas vezes já como adulto.
Depois de ter apresentado outros sambas compostos por ele
Fez um breve comentário sobre o próximo samba que ia cantar.
Disse que muitos já o conheciam e cantavam em rodas de samba.
Então dando o tom ele cantou...

“Só mesmo estando só
Pra evitar o mal maior
Eu ando livre por aí
Me dou pra todas
Busco nelas toda me encontrar
Não venha por mim, por dó
Eu gosto mesmo é de ser só
Não assumo nada
Vou seguindo a minha estrada
E só vou parar
Quando ela terminar
O fim dessa estrada
Pra mim será
Quando eu reencontrar Celina
Se não for o mesmo nome
Terá que ter, a mesma fibra daquela que amei”

E ao cantar, notei em seu semblante uma lembrança gostosa.
Uma satisfação de ver todos cantando com ele.
Me arrepiei todo dos pés a cabeça
Quando o samba que ele cantara
Era justamente aquele que me emocionava ao escutar
Que me trazia tantas lembranças boas
E momentos únicos.
E ao descer do palco, depois de ser aplaudido calorosamente
Tive a oportunidade de trocar algumas palavras.
Ele me disse que veio de longe para tocar na “Casa Véia”
Mas que não esperava que fosse ser recebido com tanto carinho
Que naquele momento ainda se sentia emocionado.
Fiz um breve comentário dizendo que no momento que ele fez o samba
Devia estar muito inspirado
E ele me disse com toda simplicidade:
“Nem eu mesmo acreditei, mas foi muito louco” (Risos)
Também não deixei de perguntar se a Celina realmente existiu
E ele com um lindo sorriso e um brilho nos olhos respondeu:
Existiu sim, ô Nega boa! (Mais risos)
E eu batendo no seu peito disse para ele:
E ela mexeu com o seu coração?
Ele disse:
Mexeu sim... (Mais risos)
E se despedindo me agradeceu por aquele momento
Pois outras pessoas também queriam comprimentá-lo.

Esse fato foi real, aconteceu numa noite de Domingo, em um samba que aconteceu em São Mateus, no Jardim Ester, Zona Leste de São Paulo (Na Casa Veia).

sábado, 9 de outubro de 2010

Seus lábios (Vulgo Mini)

Tão e somente seus lábios
Pintados de vermelho
Cor da paixão, da perdição,
do coração
Cor de sangue que ferve e pulsa nas veias
Seus lábios úmidos, vermelhos
Seus lábios que os meus jamais hão de tocar
Mas quando eu os vejo
Vermelhos, juntos um do outro,
Me dá vontade de beijar.
Por alguns instantes (Vulgo Mini)

Por alguns instantes parei e pensei
Sim, pensei em você.
Como pode existir alguém assim?
Tão cheia de ternura
Com uma sensibilidade além das que eu estou acostumado
Com um jeito único e só seu.
Pessoas são únicas no contexto geral
Mas você consegue ser única ao quadrado.
Suas expressões através do que você escreve
A autoridade e o domínio que você tem me impressionam
Viajo ao ler o que você derrama numa simples folha em branco
Mas que ganha vida quando alcança o meu coração!
Você já é sucesso dentro de mim
Mesmo que esteja no anonimato da vida
Mas acredito que o maior sucesso deva ser esse:
Passar através do que escrevemos a nossa essência,
A nossa verdade, a nossa sensibilidade,
O nosso amor pela vida e pelas coisas mais simples.
Por um instante eu pensei
Sim, pensei em você.
E cheguei a conclusão que somente Poetisa você poderia ser!

(Dedico essa obra, à minha amiga Dinely Borges, que traz em seu coração, esse dom lindo de tocar os corações com aquilo que ela escreve e tem de melhor)
Vulgo Mini