quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Maldita guerra (Vulgo Mini)

Deus foi esquecido!
E a natureza fora abandonada
O princípio é de dores
E os rumores deixam a pele arrepiada

As cortinas de fumaça
Esconde o azul anil
O céu agora é cinza
E os dias Sombrios

Uma massa fúnebre caminha desolada
Olhares tristes, distantes
E os seus lamentos...
Já não servem mais pra nada

Os brados fortes dos soldados
Como os ventos se calaram
E o brilho que havia nos olhos
Como luzes se apagaram

O cenário desprovido de beleza
Já não traz a paisagem de outrora
Só escombro espalhado em toda parte
Só tristeza e a lágrima que rola

Os sussurros se tornaram incessantes
Rasga a pele, fere a alma
E padece o coração
Não tão pulsante

E o pássaro de aço traz a morte
O seu canto é a sinfonia do terror
Bombas regem o concerto sem maestro
Sintonia:
Desespero, medo e dor

Sirenes de alerta
Alerta geral os que fogem da ira
A maldita guerra deixou suas marcas
E uma esperança que ainda respira!
Maldita Guerra!!!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Poesia póstuma (Vulgo Mini)

Falo em primeira pessoa
Mas já não me encontro mais aqui
Mas falo de dias que vivi!

Recordo-me da minha infância
Pés descalços brincando na rua
Rua de terra, poeira suor
Chinelo de dedo enfiado nos braços
Quebrar as correias nem pensar!

Mas o tempo passou muito rápido
Como um estampido no ar
A adolescência veio, mas também foi embora
Assim como as chuvas de verão!

Com o tempo, constitui família
Tornei-me pai, avô
Esse é o ciclo da vida!

Hoje o dia está nublado
Chuva fina vai e vem!
Cheiro de vela
Uma coroa de flores no canto
Me pergunto que mal tem?

Não teria mal nenhum
Se quem estivesse deitado naquele caixão
Não fosse eu!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Cheio de vida (Vulgo Mini)


To cheio de vida para isso aqui
Ao contrário de muitos que vejo
E muitos que vejo, parecem não mais viver
Impressionados com o cortejo

Morto em seu próprio corpo
Preso em seu próprio relicário
Entregue, inerte, parado,
Sem vibe!

Em mim a poesia pulsa
Corre nas veias
É o ar nos pulmões!
Me empurra,
Me lança,
Me impulsiona,
Me inspira!
Como fez com Camões!

Com ela as palavras ganham formas,
Cores, valores, sabores...
E o mundo eu reinvento
Decoro,
Transformo...
Deixo mais lindo para o irmão que quer se achegar.
É uma forma de acolher
Quem quer se aproximar
E parar pra escutar!

E isso é o meu mover!
Por isso a palavra “CORAGEM”
Do poeta Ni Brisant, aderi

Portanto eu começo e termino com a mesma:
To cheio de vida para isso aqui!